segunda-feira, 2 de abril de 2012

Conversa sobre musica


   E ai pessoas, andei meio sumido daqui, mesmo que não tenham notado, já que quase ninguém acessa isso aqui mesmo, mas pra quem está entrando é só olhar a data do ultimo post e ver a diferença cronológica.
   Porém não vim aqui hoje pra chorar as pitangas que ninguém acessa o blog, mesmo por que a ideia inicial não era essa mesmo, mas vim hoje pra falar sobre um assunto que sempre me incomodou muito, e esse assunto se chama música.
   Não quero que achem que odeio musica, na verdade eu adoro, e não vivo sem, mas o que quero falar é sobre a volatilidade das pessoas que curtem a musica do momento, e também essa mesmo volatilidade em pessoas consideradas como ótimos críticos musicais, que ao se deparar com um movimento musical novo sempre criticam, e que pouco tempo depois estão criticando outro movimento e tornando o anterior um símbolo “cult” e de vanguarda.
   Como exemplo bem recente tem o tão criticado Calypso, ritmo criado no Pará que se assemelha ao forró, mas que tem acompanhamento de guitarras elétricas e mais instrumentos que o forró convencional, esse ritmo foi apresentado ao Brasil por um grupo de mesmo nome que se tornou logo alvo de criticas ferrenhas da sociedade, eu mesmo não gosto do tipo de música e critico muito, mas ao surgir um tipo musical muito mais exótico aqui em nossas terras que foi apresentado por uma banda com características semelhantes as do Calypso, essa banda conhecida como Deja Vu, vimos que ela também causou seus desagrados por um tempo o que tornou o criticado anterior algo mais cultural.
   O que me atrapalha não são as criticas que os dois ritmos receberam, o que realmente me enche o saco são na verdade as formas como esses dois ritmos criticados pela sociedade acabaram se tornando um símbolo cultural de uma hora pra outra, concordo sim que são características culturais do país, e que mesmo assim todos tem o direito de gostar ou não delas.
   Outro problema é quando as pessoas tomam isso como uma característica geral da população, e que acabam por nos considerar pessoas sem gosto nenhum exceto aquele ruim que pregam que se ouve em certa região, sou goiano como muitos sabem, mas não ouço sertanejo nem saio por ai vestindo roupas xadrez muito menos calça apertada.
   Gosto de ouvir um rock legal, ou mesmo curtir uma musica clássica, não nego que às vezes volto às raízes e ouço um pouco de moda de viola, por que algumas são realmente muito boas e até indico, só quero na verdade evitar esse estereótipo criado pelos outros de que goiano só ouve sertanejo, maranhense só ouve baião, paraense só ouve calypso e por ai vai.
   Quero que um dia todas as formas de cultura nacional sejam respeitadas desde o seu inicio, mesmo que elas estejam fora dos padrões ditos normais, e realmente me arrependo de ter criticado varias delas, não que hoje eu as adore, mas pelo menos as respeito e respeito quem as escuta.

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